Por
Hérisson Mouzinho
Blog do
Hérisson_Mouzinho
A nova administração municipal da cidade de Caxias herda um
sério problema sobre o rio Itapecuru, entre eles temos, o crescente assoreamento, baixo nível de água alcançado no
período sem chuvas e poluição do rio Itapecuru.
A palavra
Itapecuru tem origem indígena e significa “caminho da pedra”. O
rio Itapecuru nasce nos contrafortes das serras da Crueira, Itapecuru e
Alpercatas, em altitudes em torno de 500 m, percorrendo uma extensão de
aproximadamente 1.050 Km, até sua desembocadura na baía do Arraial, a sul da
ilha do Maranhão.
Um
total de 45 municípios estão presentes na sua bacia sendo 10 localizadas às
margens do rio, com uma população de aproximadamente 1.401.698 habitantes e uma
densidade populacional de 26,5 hab/Km2.
O
rio Itapecuru nasce nas fronteiras dos Municípios de Mirador, Grajaú e São
Raimundo das Mangabeiras na encosta setentrional da Serra da Croeira, indo
desaguar 1.450 Km depois no Oceano Atlântico, na Baía de São José, a leste da
Ilha de São Luis (Feitosa, 1983).
As precipitações
anuais variam de 1.400 a 1.600 mm ao longo dos meses de novembro a maio, sendo
o período menos chuvoso de junho a outubro. As precipitações anuais são
consideradas altas, porém a distribuição é irregular principalmente na faixa
que vai de Caxias
às proximidades de Itapecuru- Mirim, onde o impacto pluvial é mais agressivo.
O
rio Itapecuru pode ser caracterizado fisicamente em 3 regiões distintas: Alto, Médio
e Baixo Itapecuru. Fatores tais como as características da rede de drenagem, a
compartimentação e as formas
de relevo da Bacia e a navegabilidade foram os critérios nos quais
a SUDENE se baseou para dividir o curso do rio.
Alto
Itapecuru - vai da nascente até o Município de Colinas.
Médio
Itapecuru - vai do Município de Colinas até o Município de Caxias.
Baixo Itapecuru -
vai do Município de Caxias até a foz, na Baía de São José.
Foto:
Hérisson_Mouzinho/ Blog do Hérisson_Mouzinho
As
águas do rio Itapecuru proporcionam usos múltiplos tais como: abastecimento para
a cidade de São Luis e de todas as cidades ribeirinhas e/ ou adjacentes, transporte,
recreação tanto de contato primário
como secundário,irrigação, pesca, dessedentação de animais, agricultura de
vazante, piscicultura e uma atividade bem característica da região que é o uso
para a lavagem de roupas. Isto ocorre
mesmo onde existe rede de distribuição d’água. O
rio Itapecuru é responsável por grande parte do abastecimento de água na
capital São Luís e de Caxias.
O Rio Itapecuru na sua passagem pela cidade de Caxias vem sofrendo com o despejo de
esgoto "in natura". Como a falta de um sistemas de tratamento de esgoto adequado, tudo que sai
das casas dos citadinos caxienses é jogado e exposto no rio.
O
rio Itapecuru já perdeu 73% de seu volume de água, projetando para
o futuro expectativas nada animadoras. A única forma de reverter a tendência à
exaustão é a aplicação de medidas enérgicas no sentido de preservar as matas
ciliares, evitar o assoreamento, acabar com o despejo de resíduos sólidos,
inibir a pesca predatória e racionalizar o uso das terras localizadas às
margens do rio.
A
Estação de Tratamento de Esgoto de Volta Redonda (ETA) não trata todos efluentes produzidos na cidade, e o que se observa também é o despedicio de água pela população local, carente em educação ambiental, o que por consequência acarreta a perda de pressão e o desabastecimento de algumas comunidades. O prognótico para tal situação, caso não seja feito investimentos, é a possibilidade de problemas de abastecimento de água nas cidades serpenteada pelo rio Itapecuru, entre elas a Princesa do Sertão, nossa querida Caxias.
REFERÊNCIAS: Esse texto é resultado da pesquisas de campo e
bibliográfica realizadas pelo editor e Geógrafo Hérisson Mouiznho.
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